Mauricio de Sousa, ídolo do meu pai, meu ídolo desde a infância, ídolo do meu filho.
Lembro e sinto ainda intensamente esse dia. Fiquei embasbacada, sem ação, bobona, emocionada.Tentava controlar a alegria que sentia.Quando Maurício surgiu na nossa frente....foi demais.
Minha vida passou diante dos meus olhos.Meu pai me comprando a primeira revistinha na Banca do Gil, no São Cristovão, aqui em Teresina ( não a tenho mais). Todos os sonhos de conhece-lo, minhas coleções, meus brinquedos, a tentativa da peça teatral Mônica e Cebolinha no Mundo de Romeu e Julieta em 1984, os livros, os bonecos da Turma.
Naquele dia havia um motivo maior e mais forte:Meu filho, fã de Maurício de Sousa, realizava um sonho que é de tantas crianças e até adultos. Ainda não sei como me mantive. Ainda me emociono. Estou emocionada agora.
João Guilherme não esquece, fala o tempo inteiro. Essas coisas que não tem preço.
Viajamos único e exclusivamente para conhecer seu mundo de perto e foi melhor do que esperavamos.Muito melhor.
O País conhece Mauricio de Sousa, o mundo também, ainda sim, é interessante prestar mais atenção . Seu compromisso com o meio-ambiente, com o futuro das crianças , com a educação, a alfabetização, a formação do caráter, a humanização das pessoas, a preocupação com a natureza , com os bichos, a preocupação de trazer a criança para o mundo da História da Arte, através de suas releituras, exposições e revistas sobre artistas, escritores famosos ou grandes clássicos do cinema, aproximando-as de uma vertente cultural normalmente percebida só a partir da adolescência. Agora, mais recentemente, a proposta de ensinar nossos filhos em espanhol e inglês através das revistinhas Gangs (inglês) e Y Su Spandilla (espanhol), a pureza da adolescência e a delicia de suas descobertas na Turma da Mônica Jovem que lemos juntinhos , antes de dormir. A Turma Jovem mostra uma adolescência saudável, como se deve ser.
A nossa fica lá, na Banca da Valéria, ao lado do meu trabalho, à nossa espera. Religiosamente às oito da manhã de todo mês, vamos lá buscar. Já poderiamos ter feito a assinatura, porém, nada mais prazeroso para o João Guilherme, que ir na banca todo mês "colher" suas revistinhas, uma a uma, como em uma macieira frondosa, diretamente no pé. Respeito isso, acho divertido.
Gosto muito das crônicas do Maurício.São histórias de vida, ricas, mais direcionadas à turma mais velha, mas tão atraentes, que as crianças também curtem a valer.Umas leio só, outras João lê comigo e todas são inspiração. Depois de ler dá logo vontade de escrever alguma coisa, também. Recentemente ganhamos um novo presente, o grande barato de ler Mauricio, via twitter. Não existem mais distâncias , as pessoas que nos são caras estão mais pertinho de nós. Podemos conversar ou simplesmente ler, observar e já é um afago no coração.
João Guilherme tem uma perede especial, sua galeria particular. Pequena mas de grande importância para nós. Tudo que alí está nos foi dado em um dia muito especial.Estamos ampliando, falta a moldura das fotos da visita e da exposição do Maurício que visitamos na Paulista, logo após esse encontro. Mas de tudo isso o que eu não consigo mesmo esquecer foram as palavras do meu filho de 8 anos ao final desse dia, voltando para casa:
"Obrigada pai, obrigada mãe, vocês estão me dando uma infância linda".
Obrigada Maurício, por nos proporcionar tantas coisas boas.
Estou emocionada outra vez.
Espaço Cultural Citi da Avenida Paulista. Maravilhosa!
Quando teremos essa imagem de volta?
A imagem que roubou a cena do por-do-sol .
As imagens que tiraram o foco do nascer do sol
Foco agora só de incendio.
